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terça-feira, 12 de maio de 2009

Impostos (NG4-DR1)

Numa viagem pela internet, encontrei um texto bastante interessante e actual sobre o sistema de impostos, o texto poderá ser visualizado aqui (CLIQUE).


"Para refletir!

Uma explicação do sistema de impostos:


Suponha que a cada dia, um grupo de dez homens reunia para beber uns copos e conversar e que a conta associada para todo o grupo era de 100 euros. Se cada um destes homens pagasse a conta da mesma forma que pagamos os nossos impostos, seria algo do género:

Os primeiros 4 homens (os mais pobres) não pagavam nada
O quinto pagava 1 euro
O sexto pagava 3 euros
O sétimo pagava 7 euros
O oitavo pagava 12 euros
O nono pagava 18 euros
O décimo (o mais rico) pagava 59 euros

De forma a ser mais justo, foi precisamente esta a situação tomada pelo grupo para pagar as despesas do seu encontro diário.

Deste modo o grupo encontrava-se diariamente e pareciam todos bastante satisfeitos com o seu acordo. Até que um dia, o dono do bar onde se reuniam alterou o estado das coisas.

De facto, o dono do bar, constatando que tinha no grupo bons clientes, decidiu reduzir o custo da sua despesa em 20 euros. Desta forma, a despesa comum passou dos 100 euros iniciais para 80 euros.

O grupo pretendeu continuar a pagar a sua despesa da mesma forma que pagamos os nossos impostos. Deste modo, os primeiros quatro homens não foram afectados, pois continuavam a consumir as suas bebidas sem custos. Mas o que acontece com os outros seis homens; os clientes que pagam a conta? Como podem eles dividir os 20 euros, de modo a que cada um deles receba a sua parte justa?

O grupo verificou que os 20 euros divididos por seis permitiam um desconto de 3.33 euros a cada. Mas se subtraíssem essa quantia das contas de todos, o quinto e o sexto homem seriam pagos para tomar as respectivas bebidas. Assim, o dono do bar sugeriu que seria justo que a conta fosse reduzida a cada homem, sensivelmente o mesmo montante, mas assegurando que os valores não fossem negativos. Com base nesses cálculos foi obtida uma nova tabela de pagamentos:

O quinto homem, tal como os primeiros quatro, não pagava nada (100% de poupança)
O sexto homem pagava agora 2 euros em vez de 3 euros (33% de poupança)
O sétimo homem pagava agora 5 euros em vez de 6 euros (28% de poupança)
O oitavo homem pagava agora 9 euros em vez de 10 euros (25% de poupança)
O nono homem pagava agora 14 euros em vez de 18 euros (22% de poupança)
O décimo homem pagava agora 49 euros em vez de 59 euros (16% de poupança)

Cada um dos seis homens estava melhor do que antes e os primeiros quatro continuaram a ter as suas bebidas grátis. Mas uma vez fora do bar, os homens começaram a comparar as suas poupanças:

- "Eu apenas recebo um euro dos 20!", exclamava o sexto homem, e apontando para o décimo homem, afirmava "mas tu recebes 10 euros!".

- "Sim! isso é verdade", afirmou por sua vez o quinto homem e continuou: "Eu apenas poupo um euro, também. Não é justo que ele receba dez vezes mais do que eu recebo...".

- "É verdade!!!" - gritou o sétimo homem, acrescentando: "porque razão recebe ele 10 euros, quando eu apenas recebo 2? O homem rico tem sempre todos os benefícios!".

- "Esperem um momento", disseram ao mesmo tempo, os primeiros quatro homens: "Nós não recebemos absolutamente nada. O sistema explora o pobre!".

Assim, o nono homem aproximou-se do décimo e tocou-lhe nas costas como querendo partilhar a sua não concordância com os demais.

Na noite seguinte, o décimo homem não apareceu para as bebidas (foi uma surpresa...), pelo que os nove homens decidiram mesmo assim reunir como de costume e beber eles mesmos.

Mas, na altura de pagar a conta, descobriram algo de muito importante: não tinham dinheiro suficiente para o fazer! Mesmo entre todos, não chegava para pagar metade da conta.

É assim que o nosso sistema de impostos funciona!
As pessoas que pagam as maiores taxas também têm o maior benefício de uma redução de impostos.

Se forem demasiadas as taxas de impostos, se os que possuem mais recursos forem atacados por isso mesmo, podem deixar de aparecer para pagar as bebidas.


Fim de estória!

Para os que entendem, nenhuma explicação adicional é necessária.
Para aqueles que não entendem, nenhuma explicação é possível.

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Enfim, durinho, mas que dá que pensar, dá..."





Tópicos de Reflexão:


  1. Identifico diferenças nos rendimentos médios das famílias consoante as suas actividades profissionais

  2. Compreendo as diferentes categorias de rendimentos das famílias e a estrutura de tributação fiscal relacionando-as com as respectivas origens (por exemplo, no caso de declaração IRS: o trabalho por conta de outrem _ A; trabalho independente _ B; predial – H; mais-valias – G).

  3. Exploro diferentes formas de conseguir combater a evasão fiscal com vista a uma maior justiça social (por exemplo, cruzamento de dados através de sistemas informáticos).

sábado, 9 de maio de 2009

Dia da Europa - 9 de Maio (NG4-DR3)


Comemora-se, hoje, o Dia da Europa.
No dia 9 de Maio de 1950, Robert Schuman, ministro dos Negócios Estrangeiros francês, profere um importante discurso, inspirado num plano de Jean Monnet, através do qual propõe que a França e a República Federal da Alemanha ponham em comum os seus recursos de carvão e de aço, numa organização aberta a outros países da Europa.
Reconhecendo a importância da data que marcou o início do processo de construção europeia, os chefes de Estado e de Governo decidiram, na cimeira de Milão de 1985, consagrar o dia 9 de Maio como o Dia da Europa.
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"Ao verem nas agendas e nos calendários o dia 9 de Maio identificado como "Dia da Europa", muitas pessoas interrogam-se sobre o que se terá passado nessa data e em que ano terá tido lugar esse acontecimento.
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Com efeito, poucos cidadãos europeus sabem que a 9 de Maio de 1950 nasceu a Europa comunitária, numa altura em que, devemos recordá-lo, a perspectiva de uma terceira guerra mundial angustiava toda a Europa.
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Nesse dia, em Paris, a imprensa foi convocada para as dezoito horas no Salon de l'Horloge do Quai d'Orsay, quartel-general do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, para uma "comunicação da maior importância".
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As primeiras linhas da declaração de 9 de Maio de 1950, redigida por Jean Monnet, comentada e lida à imprensa por Robert Schuman, Ministro dos Negócios Estrangeiros da França, dão imediatamente uma ideia da ambição da proposta: "A paz mundial não poderá ser salvaguardada sem uma criatividade à medida dos perigos que a ameaçam". "Através da colocação em comum de produções de base e da instituição de uma Alta Autoridade nova, cujas decisões ligarão a França, a Alemanha e os países que a ela aderirem, esta proposta constituirá a primeira base concreta de uma federação europeia, indispensável à preservação da paz".
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Era assim proposta a criação de uma instituição europeia supranacional, incumbida de gerir as matérias-primas que nessa altura constituíam a base do poderio militar, o carvão e o aço. Ora, os países convidados a renunciar desta forma ao controlo exclusivamente nacional destes recursos fundamentais para a guerra, só há muito pouco tempo tinham deixado de se destruir mutuamente num conflito terrível, de que tinham resultado incalculáveis prejuízos materiais e, sobretudo, danos morais: ódios, rancores e preconceitos.
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Assim, tudo começou nesse dia, razão que levou os Chefes de Estado e de Governo, na Cimeira de Milão de 1985, a decidirem celebrar o 9 de Maio como "Dia da Europa".
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Os diversos países, ao decidirem democraticamente aderir à União Europeia, adoptam os valores da paz e da solidariedade, pedra angular do edifício comunitário.
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Estes valores concretizam-se no desenvolvimento económico e social e no equilíbrio ambiental e regional, únicos garantes de uma repartição equilibrada do bem-estar entre os cidadãos.
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A Europa, enquanto conjunto de povos conscientes de pertencerem a uma mesma entidade que abrange culturas análogas ou complementares, existe já há séculos. No entanto, a consciência desta unidade fundamental, enquanto não deu origem a regras e a instituições, não pôde evitar os conflitos entre os países europeus. Ainda hoje, alguns países que não fazem parte da União Europeia não estão ao abrigo de tragédias terríveis. .

Como qualquer obra humana desta envergadura, a integração da Europa não se constrói num dia, nem em algumas décadas: as lacunas são ainda numerosas e as imperfeições evidentes. A construção iniciada imediatamente a seguir à II Guerra Mundial foi muito inovadora: o que nos séculos ou milénios precedentes podia assemelhar-se a uma tentativa de união, foi na realidade o fruto de uma vitória de uns sobre os outros. Estas construções não podiam durar, pois os vencidos só tinham uma aspiração: recuperar a sua autonomia.
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Hoje ambicionamos algo completamente diferente: construir uma Europa que respeite a liberdade e a identidade de cada um dos povos que a compõem, gerida em conjunto e aplicando o princípio segundo o qual apenas se deve fazer em comum o que pode ser mais bem feito dessa forma. Só a união dos povos pode garantir à Europa o controlo do seu destino e a sua influência no mundo.
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A União Europeia está atenta aos desejos dos cidadãos e coloca-se ao seu serviço. Conservando a sua especificidade, os seus hábitos e a sua língua, todos os cidadãos se devem sentir em casa na "pátria europeia", onde podem circular livremente."











Tópicos de Reflexão:

Sociedade: Actuo no sistema económico, monetário e financeiro, reconhecendo novos problemas e oportunidades geradas pelas interacções que se estabelecem a nível global, e em particular, no contexto da União Europeia, e seus efeitos no bem-estar e progresso social.

Tecnologia: Actuo ao nível das tecnologias relacionadas com o conhecimento e a segurança de diferentes meios de transacção e na comunicação com instituições económicas e financeiras.

Ciência: Actuo com conhecimento dos indicadores macroeconómicos tendo em conta que os problemas económicos envolvem politicas monetárias, e considerando a utilização de modelos matemáticos que permitam simular e prever diversas situações.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

1º de Maio - Dia do Trabalhador (NG4-DR4)


1.º de Maio - Dia do Trabalhador

Todos os anos, no dia 1 de Maio, comemora-se, em todo o mundo, o Dia do Trabalhador.

As origens do Dia do Trabalhador não são muito recentes. A história deste dia começa no séc. XIX.

Nessa época, abusava-se muito dos trabalhadores, porque chegavam a trabalhar entre 12 e 18 horas por dia, o que era muito cansativo e até prejudicial à saúde!

Já há algum tempo que os reformadores sociais (aqueles que propunham reformas, ou seja, mudanças na sociedade) defendiam que o ideal era dividir o dia em três períodos: 8 horas para trabalhar, 8 horas para dormir e 8 horas para o resto, o que incluía a diversão.

Foi com o objectivo de lutar pelas 8 horas de trabalho diárias que, no dia 1 de Maio de 1886, milhares de trabalhadores de Chicago (EUA) se juntaram nas ruas para protestar contra as suas más condições de trabalho.

A manifestação devia ter sido pacífica, mas as forças policiais tentaram pará-la, o que resultou em feridos e mortos.

Este acontecimento ficou conhecido como "os Mártires de Chicago", por causa das pessoas que foram feridas e mortas só por estarem a lutar pelos seus direitos.

Quatro dias depois, houve uma nova manifestação pela redução do horário de trabalho e melhores condições.

Mais uma vez, a polícia virou-se contra os manifestantes e acabou por prender 8 pessoas, 5 das quais foram condenadas à forca!

Como o povo estava cada vez mais revoltado, estas condenações só serviram para "deitar mais achas na fogueira" e despertar a atenção de todo o mundo.

Em 1888, dois anos depois destes acontecimentos, os presos foram libertados por um júri que reconheceu que os trabalhadores estavam inocentes.

Em 1889, o Congresso Internacional em Paris decidiu que o dia 1 de Maio passaria a ser o Dia do Trabalhador, em homenagem aos "mártires de Chicago".

Só em 1890, os trabalhadores americanos conseguiram alcançar a sua meta das 8 horas de trabalho diárias!

Em Portugal, devido ao facto de ter havido uma ditadura durante muito tempo, só a partir de Maio de 1974 (o ano da revolução do 25 de Abril) é que se passou a comemorar publicamente o Primeiro de Maio.

Sabia que só a partir de Maio de 1996 é que os trabalhadores portugueses passaram a trabalhar 8 horas por dia?

Tópicos de Reflexão:

Sociedade: Actuo nos usos e na gestão do tempo, compreendendo que os diferentes elementos do sistema económico variam consoante os sectores de actividade e estão em permanente evolução ao longo do tempo.

  1. Identifico como a duração da jornada de trabalho diária evolui ao longo dos tempos e varia de acordo com as actividades económicas (por exemplo, agricultura vs industria vs serviços, etc.).
  2. Relaciono a regulação da jornada de trabalho com lutas sociais, políticas públicas e evoluções tecnológicas.
  3. Exploro o sentido das transformações nas noções sociais de tempo ao longo do processo de industrialização.

Tecnologia: Actuo tendo em conta as tecnologias existentes na gestão do tempo (por exemplo, o transporte aéreo versus a vídeo conferência).

Ciência: Actuo ao nível da gestão do custo do tempo compreendendo a evolução ao longo da história e tendo em conta factores diversos tais como o custo da hora de salário, encargos socais e amortização de equipamentos, considerando uma vez mais as potencialidades da matemática na simulação de situações alternativas tendo em vista a procura de soluções optimais.